Amor Clandestino / Homem do Meu Tempo

Amor Clandestino

Quando a porta se abrir
Você vai sair e pedir que eu esqueça
Toda vez é assim, vai fugindo de mim
Quase perco a cabeça

Quando o relógio avisa
Visto a minha camisa
Me escondo da dor
Nem bem a porta se fecha
Você me esquece no elevador

Fica a sensação
Que essa nossa paixão
É um caso sem jeito
Pra te amar outra vez
Lembro o que a gente fez
Te procuro no peito

Só encontro um vazio
Feito um peixe sem rio
Me falta um pedaço
Sinto então sua boca
E o meu corpo sem roupa
Dentro do seu abraço

Esse amor de momento
Quase nunca tem tempo
É feito às pressas
Não divide segredos
Não tem paz nem sossego
Não admite promessas

Esse amor clandestino
Faz de mim um menino
Que ao dormir, também chora
E adormece querendo
Te ouvir me dizendo
Nunca mais vou embora

Homem do Meu Tempo

Vou levando a vida e a vida me levando, tudo é viver
Embalando amores nas canções mais comovidas
Do meu carro eu posso ver
Gente pelos bares, telefones celulares
Nuvens de fumaça
Crianças brincam numa praça
Isso mexe com as minhas emoções
Avião, metrô, velocidade essa cidade que não dorme
Avança no sentido do futuro
Para que tudo se transforme
Imagens e palavras chegam via internet
Eu sou mais um viajante, um sonhador
Diante de um maravilhoso mundo novo
A tela de um computador
Vou vivendo a vida, momento a momento
Deixando o meu sentimento nas canções que eu invento
Pra falar de amores
Sou um ser humano, homem do meu tempo
O futuro é onde eu moro, mas no fundo eu adoro
Conversar com as flores

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