Absinto / Eu Te Odeio
Eu bebo essas águas passadas como um vinho
Que não há de voltar no seu caminho
Pra acabar com essa sede que ainda sinto
Um absinto de mágoa, de insônia e de saudade
Como se enlouquecendo essa metade
Voltasse a metade que foi contigo
Eu bebo, bebo quando fico assim desesperada
Quem me dera ficar apaixonada
Pra encontrar um outro lado do moinho
Eu me embriago porque meu futuro é muito vago
Eu sinto a tua falta do meu lado
Eu bebo a tua ausência de carinho
Águas passadas
Que vinho amargo
Que gosto tão ruim
Eu tenho sede
Eu tenho medo do que será de mim
Nem com você, nem sem você
O amor deve ser qualquer coisa
Que eu não saiba
O que quer que seja
Me deixou completamente nua
Um perfume, um veneno
Não se pode querer
Não se pode trazer de voltar
Seja o que for
O que me penetra e depois me solta
Não pode esperar desculpa
O amor me causou revolta
O amor deve ser a pergunta que não se faz
Uma dúvida que jamais é saciada
Eu não entendi nada, ah
Nada por mim
Nada sem mim
É, você me deixou tão confusa e transtornada
Que hoje a coisa mais firme em que creio
É que eu te odeio
E é esse o ódio que eu mais choro
Eu te adoro, eu te adoro
Que hoje a coisa mais firme em que creio
É que eu te odeio
E é esse o ódio que eu mais choro
Eu te adoro, eu te adoro