O beija-flor
Sinhá Maria, uma moça bem prendada
Que morava num casebre lá na beira da estrada
Criava um beija-flor avezinha assanhada
Que voava sem parar dia, noite e madrugada
Um certo dia Sinhá Maria foi
Lá em Feira de Santana prá mó de comprá um boi
Sua vaquinha tava muito precisada
De arrumá um companheiro prá fazê uma ninhada
Enquanto isso o beija-flor se viu sozinho
Caiu no mundo, escondido, de fininho
Voou, voou, só parou de manhãzinha
Prá descansar e tirá uma sonequinha (bis)
Quando acordou deu um pulo de alegria
Flor tão bonita a muito tempo ele não via
Ficou pasmado, parecia fantasia
Sorriu alegre, esqueceu Sinhá Maria
Bateu as asas e voou em direção
Daquela flor, daquela bela visão
Foi se chegando cheio de contentamento
Prá festejar o feliz acontecimento (bis)
Só não lembrou que esta vida é uma estrada
Que sua idade era um pouco avançada
Por uma flor tanto suor não carecia
O beija-flor beijou a flor e morreu de alegria (4x)