Porão da Casa dos Mortos
Vai menina corre até o porão
Revira os livros velhos as relíquias de verão
Que um dia fizeram da vida dos pobres pagãos
A vitória de um momento,
tormento ingênuo de irmãos
Chora a memória dos que apenas não são
Não rendidos de perdão
Há poeira pra enxergar
Quem sabe esse lugar
Não seja o ideal
Pra ter o seu novo mural...
Mas olha e reanima os loucos esquecidos
Bata a porta, corra a escada e o corredor
Leva entre os braços os diários pra fora
Onde o sol desponta como o redentor
Espalha no jardim entre as vidas nascentes
seus entes decadentes de frio e terror
que não respiram mais sob a poeira e a dor
E a dor? E a dor?
Do porão partiu o seu temido coração
No mundo torto de um plebeu se construiu nossa mansão
E o meu, e o seu, novo mural
Mas olha e reanima os loucos esquecidos
Bata a portas corra a escada e o corredor
Leva entre os braços os diários pra fora
Onde o sol desponta como o redentor
Espalha nos jardins entre as vidas nascentes
seus entes decadentes de frio e terror
que não respiram mais sob a poeira e a dor
E a dor? E a dor?
No mundo torto de um plebeu se construiu nossa mansão
E o meu, e o seu, novo mural
O seu, o meu, novo mural
Novo mural, novo mural...