Ombrinho
Visão,
no baile ela quer sarrar pro pai,
nós com ombrinho pra frente e pra trás,
porque ladrão não balança demais,
uns trago no verde quem quer, eu, ó
eu nem me movo,
desce copo, sobe moto, fluxo de morro,
pra quem não conhece é olho por olho,
e dente por dente,
e pra idéia é pouco,
se são linhas de rap eu me promovo,
elas me escutam e sentam,
vão embora e me querem denovo,
vadia, mentirosa, nunca vi, disse na minha cara,
que gosta de ladrão, fumar balão e sentar em pistola carregada,
não sabe nem quando saiu de casa,
só quer a do pai ela não quer saber de nada,
Visão,
no baile ela quer sarrar pro pai,
nós com ombrinho pra frente e pra trás,
porque ladrão não balança demais,
Ladrão não balança, mais entra na dança,
jogando o ombrin e uma lata de lança,
e nós só balança,
vem com nós que a tropa é insana,
fica a vontade a noite é uma criança,
um brinde, um copo, sativamente,
ela no foco da minha lente,
bandida rebola na minha frente,
amanhã me solta,
hoje tu me prende,
nós é daquele do tipo de tralha,
que a filha ama e o pai mata,
que a blazer na curva embaça,
nós é aquele que a maldade passa,
longe de tudo que já teve graça,
longe de tudo até da sua casa,
embrasando fumaça,
que a princesinha gosta tanto e mama na praça.