Pedrinho e Maria
As lágrimas de Maria gotejaram sobre a terra
Quando o seu namorado despediu-se para a guerra
Pedrinho partiu levando a esperança de voltar
E o retrato de Maria, que jurou lhe esperar.
Mas a jura de Maria, muito logo ela quebrou
Gastou de outro rapaz que ali no bairro mudou
Ficou noive e muito em breve construiu um lar em flor
Mas nunca disse ao marido que antes teve outro amor.
E quando acabou a guerra, Pedinho logo em seguida
Pra casar-se com Maria, voltou à terra querida
Chegando ali na cidade, por um destino maldoso
Foi perguntar de Maria para o seu próprio esposo
Aquele homem estranho ao Pedrinho assim dizia:
- Nesse rua não conheço moça por nome Maria!
O rapaz tão inocente a sua mala abriu
Mostrando aquele retrato que ganhou quando partiu.
O homem vendo o retrato, louco enciumado ficou
Arrancou de um punhal e no Pedrinho cravou
Porém foi preso na hora que fez o tal desatino
Mandaram chamar Maria, a esposa do assassino
Maria, ao ver o cadáver triste golpe recebeu -
Caiu pedindo perdão a quem por ela morreu
Abraçando o corpo inerte de quem tanto lhe quis bem
Beijando os lábios gelados, deixou a vida também!