Para Sempre, Nunca Mais
chove lá fora, e aqui também
embaça a vista outra vez
de qualquer rua que dançasse o nosso amor
conto até três: você se foi
os porquês nos desconhecem
talvez nem se lembrem mais
me oculta, diz que já se incomodou
demais
os porquês nos desconhecem
para sempre, nunca mais
me oculta, muda, vai
enxerguei quem você era
descobri mais bela tela
nem van gogh lhe pensara conceber
feito cena de novela
eu te vi pela janela
de tudo aquilo que você tentava se esconder
was it something that i said?
why so cold? what’s with the tone? (what's with the tone?)
i thought that we might rule the world
but ended up without my own
e não cabe entender
nem quero - nem possível isso seria
como pôde me atirar à ventania?
precisava se abrigar
daquilo que sua alma pede
mas a alma não se esquece
e você também não vai
no presente, eu danço só
canto à lua a minha dor
como era bom poder dançar na chuva desse nosso amor
(monólogo)
""hmm... tá chovendo aqui fora e eu penso que, quando se tratar de você, sempre há de chover aqui dentro. chuva torrencial. avassaladora. me sinto enchente... me sinto transbordar diante da gente, sabe? me sinto pequena - como se eu não coubesse mais em mim. e faz sentido porque você, agora, mora aqui dentro, também. e você é gigante. te amar haveria de ser no mínimo grandioso. e, como chuva torrencial, o amor jorra, e rompe com quaisquer barragens que, aqui, devem jazer. absoluto; incontestável; inigualável. senhor de si... ele fez morada aqui. eu nunca fui de usar guarda-chuva, mesmo. pode molhar. que bom é dançar e cantar na chuva do nosso amor.""