O Poder um Dia Acaba

Antônio Romero, Luiz Caldas

Quem depende do povo pra ficar no poder
Devia andar pianinho pro couro não comer Saber que não é patrão e que só com eleição Vai ser o que pleiteia na disputa pra ser

Não usar a hipocrisia pra te convencer
Nem esconder o real motivo de se eleger Abraçar quem não quer, homem, mulher Branco, preto, pardo, ruivo, criança, velho e até esmoler

Prometer o que não pode e te achar da ralé Porque tu mora num barraco e ele num chalé Querer ser o seu amo e que você bote fé Pra colocar ele no cargo pra fazer o que quiser

Fingir que trabalha, andar de carro oficial Enquanto você se espreme num buzu infernal Hora do almoço cardápio e o escambau E você com uma marmitinha e uma vidinha sem sal

Gosta de decidir, dar ordem, aparecer
Banca sempre o bom moço por trás bota pra fuder Na falcatrua promove o miserê Mentindo, ficando rico e desmerecendo você

Com esse modelo de gestão sempre crescendo O povo vai empobrecendo de comida, de saber De orgulho, de vergonha, de cultura, De esperança o gado segue sem cobrança a perecer

Alimentando o coiote com filé
Vai se valendo da fé
Assim vive o eleitor
Pra dar comida à fera
Luta em todas esferas
E ainda tem que chama-lo de doutor

Um vagabundo que brotou do submundo
Transformando o seu mundo nesse filme de terror E ainda tem o cinismo o chauvinismo De achar você um bosta e ele superior

Quem tá no poder tá cagando e andando
Muito pouco se lixando com o seu querer
Te usa como escada, saco de pancada
Mas de 4 em 4 anos precisa de você

Aí seria a hora certa pra passar o troco Mas eleição aqui é festa, uma coisa de louco O povo só vai sacar o sufoco Quando gritar e ficar rouco E o gestor continuar fazendo pouco Pouco? Quase nada né? Hammmm....!

Ainda bem que o poder um dia acaba
Se desestrutura, desaba e acena pra solidão É o momento de assumir a sepultura Que a ganância o fez cavar com as próprias mãos

Na esteira do destino, como o tempo não é menino E o cargo não cria limo, outro toma seu lugar Aí é irritação, perda da razão Muita verborragia mostrando a histeria De um bebê no chão

Vai atrás de conchavo
Mas já tá feito o estrago
Agora é ostracismo até outra eleição
E aquele bando de asseclas, papagaios de pirata Que a tudo aplaudiam, apoiavam, admitiam Num segundo vira as costas, acabou a mamata Seus dias de roubo e da gestão inapta.
A empáfia os condena e todos saem de cena E quem sentir pena é só levar pra casa Aí vem humildade, a pura honestidade, A super idoneidade, e toda malandragem Como veio, vai, com dinheiro, mas vai

Esse sistema de política beirando uma aberração Enraizado num modelo de grande corrupção Além de ser nocivo pra toda sociedade Passou da hora, passou da idade De continuar fazendo um papelão Todos só agem com paliativo Nada decisivo, é só protelação, enrolação Maracutaia, reunião...

E o eleitor ao invés de se informar
Fica esperando santinho, tratamento com carinho De quem quer lhe devorar, é!!!

Ganhar seu voto depois te dar uma banana Encher o bolso de grana e ir pra Europa gastar Enquanto você fica aqui Varrendo a casa dele limpando a merda dele Quando o certo seria se livrar dele De estorvo já basta a pobreza Que misturada a burrice mantém A falta de clareza, sem a devida certeza Que a voto e sua ação pode mudar sua condição Alem de melhorar muito a sua vida que a essa altura você já considera perdida Por falta de informação, repare que...

Os lugares onde a gestão é clara a miséria é coisa rara Quase fora de questão, e justamente onde mais é necessário Aparece salafrário que os engabelarão Farão promessas que jamais serão cumpridas E que serão repetidas na hora de se reeleger Provando que se o povo não abrir o olho Vai continuar sendo tolo tendo sempre o que merecer

Então quando aquele candidato aparecer
Louco pra voltar, não deixe isso acontecer Lembre cara Acorde cara Levante cara Cobre cara Expulse cara Ignore cara E ainda bem que o poder um dia acaba Ainda bem, ainda bem...
Ainda bem que o poder um dia acaba
Ainda bem, ainda bem...

Curiosités sur la chanson O Poder um Dia Acaba de Luiz Caldas

Qui a composé la chanson “O Poder um Dia Acaba” de Luiz Caldas?
La chanson “O Poder um Dia Acaba” de Luiz Caldas a été composée par Antônio Romero, Luiz Caldas.

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