O Jardim

Adolfo Luxúria Canibal / António Rafael

Há tanto tempo que não me ocupo do jardim
A última vez estava frondoso
A buganvília a tingir-se de vermelho
Trepando O perfume inebriante
E as festas ao cair da tarde
Parece que foram há séculos
Noutra encarnação
Os meus amigos traziam as bebidas
E a jovialidade
O jardim enchia-se de gente
De beijos
Pelos cantos Sôfregos de desejo

Inventavamos planos de rebelião
Sonhos de transmutação
Passavamos horas a inventar
Entre duas carícias
Surgiam ideias puras e inocentes
Como a nossa vontade de tudo abarcar
Era um frenesim constante
Faz-me pena agora
Olhar para ele
Para as suas sebes abandonadas
De ramos retorcidos
Jaz tombada a grande epícea
E uma enorme cratera
Substitui os belos canteiros de outrora

Há tanto tempo que não me ocupo do jardim

A última vez estava frondoso
A buganvília a tingir-se de vermelho
Trepando O perfume inebriante
E as festas ao cair da tarde
Parece que foram há séculos
Noutra encarnação

Curiosités sur la chanson O Jardim de Mão Morta

Quand la chanson “O Jardim” a-t-elle été lancée par Mão Morta?
La chanson O Jardim a été lancée en 2001, sur l’album “Primavera de Destroços”.
Qui a composé la chanson “O Jardim” de Mão Morta?
La chanson “O Jardim” de Mão Morta a été composée par Adolfo Luxúria Canibal et António Rafael.

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