Longe
Marcos Assumpção / Paulo Delfino
Longe está todo o meu verso,
Longe está o meu olhar ,
O reverso e o contra-ponto,
De uma estrada, de um lugar.
Longe está a minha saga,
Longe está o meu altar,
Essa curva beira um rio,
Beira o porto, beira o mar.
Assim caminha essa sentença
Que eu quero carregar,
Abençoada com a cantada,
Rezada, nesse lugar, nesse lugar.
Cada verso que eu calo,
Outro dia irei cantar,
No reizado da folia,
Na cantada a beira mar.
Barco segue o curso,
Segue as águas, segue o mar,
Amarinha essa nave,
Amarinha meu olhar.
Longe é outro dia,
Longe é outro lugar,
Outra curva, outro rio,
Outro homem, outro lugar, outro lugar