Ainda Bem Que Eu Não Sou Mais Tão Jovem
Ainda bem que eu não sou mais tão jovem
Androides de sucata
Retorno de saturno
Hoje tenho apreço pelas coisas que não sei controlar
E por peças que eu desisti de concertar
Ainda bem que eu não sou mais tão jovem
Leio o poema de um amigo
Sobre computadores obsoletos
Eu me reconheço sem castigo
Ainda vivo alguns sonhos quebrados, e não ligo
Ainda bem que eu não sou mais tão jovem
Não nego certa beleza do mundo em abandono
Como os as bandas emo de 2006 e as redes sociais
De toda a ingenuidade e prioridades desse rapaz
E da dor da traição que assusta cada vez menos
Dos calcanhares até a coluna
Sinto algumas dores, mas deve ser nada de mais
Agora eu só penso em tentar conhecer todos os litorais