Com o Violão Na Garupa
Um caminho afinal
Uma ponta de Sol
Um piquete de luz
Uma pampa rural
Uma chuva teimosa
Uma pedra de sal
Uma tropa de corte
Uma sorte, uma dança
Um arado, uma canga
Um atado de cana
Uma junta de bois
Uma chula sem mal!
Sairei por aí
Com o violão na garupa
A alma cheia de gente
Meus pertences Guarani!
Que tempos vida, vivi
Levando a dor aos bocejos
Dá-me um beijo, um gracejo
Sem medo de sair
Uma bênção materna
Uma graça discreta
Uma mágoa sincera
Uma rapa de mel
Uma rima na rédea
Quebrando o chapéu
Um tostado coiceiro
Uma rês desgarrada
Uma mata queimada
Uma cara de casa
Uma prosa de pala
Povoando o papel!
Sairei por aí
Com o violão na garupa
A alma cheia de gente
Meus pertences Guarani!
Que tempos vida, vivi
Levando a dor aos bocejos
Dá-me um beijo, um gracejo
Sem medo de sair
Uma trova em milonga
Uma longa invernada
Uma nova moçada
Uma outra palavra
Um futuro passado
Um espaço vazio
Uma fala esquisita
Uma ideia imprevista
Uma volta sem ida
Uma arte na mira
Uma tarde tranquila
Um causo de rio!
Sairei por aí
Com o violão na garupa
A alma cheia de gente
Meus pertences Guarani!
Que tempos vida, vivi
Levando a dor aos bocejos
Dá-me um beijo, um gracejo
Sem medo de sair