Pampa
A pampa não se liberta
Às comparações de um aprendiz
Que não sabe que ela é um país
Ele põe o nome de uma janela viageira
Que sempre é estrangeira da janela da cidade
(Nas palavras claras e verdes do seu canto.) Bis Bis Bis
Quem desconhece a pampa pouco lhe fala
A guaiaca tomada de solidão
Do palanque de guajuvira, pouco lhe fala
A espora de prata que o guasca esconde na sua treva verde
(Que o cavalo cheira e reconhece o seu coração.) Bis Bis Bis
Aqui a serenata dos homens a levantar a manhã
A vida matinal que desata e estala a voz dos corredores
A claridade maior da mão descendo a aurora
Coração no coração de um motor da paixão
É como o orvalho na grama de capim
A fome de quem ama com o coração
Encarnado de carmim
(Onde se aponte ou se escreva pampa
Leia-se liberdade, leia-se liberdade
Leia-se liberdade em todo horizonte)