Afrosamba

Bernardo Vilhena / Max de Castro

Já era quase de manhã, foi que eu senti, sipan
Uma coisa estranha, eu não entendi
Um afrosamba tocando ao longe

Parecia até 1966 outra vez
E o batuque foi tomando todo meu corpo
Eu corria pela rua feito um louco
Ia mesmo pela contramão
Um escola em dispersão

Entre o suor, alegria e o cansaço
Que será que eu faço?
Encontrei meu pedaço na avenida
De camisa amarela
Sapatos na mão, plumas pelo chão
Quanta desilusão
Quanta tristeza cabe numa solidão
E eu corria, corria mais era como um sonho
Andava em câmera lenta
Quanto mais perto, mais longe
Vindo de todos os lugares ao mesmo tempo
O som atravessava a noite

Quem se espantou é bom fugir agora
Depois não vai dar mais pra correr
Quem duvidou cola que agora
Vai ver que esta noite vai ter

Eu não sabia mas agora eu sei
Quem foi mendigo agora é o rei

O rei do afrosamba chegou
Vambora nessa batucada
O rei do afrosamba chamou Simbora vamos (eu vou) deixar cair

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