Dó Nut
Acusada de ser sufocante
Inoperante, um perigo latente
Deixei de tentar, parei de lutar
Entreguei o lugar a alguém mais constante
Acusada de ser diletante
Um pouco irritante
Um mau carburante
Deixei de fumar, deixei de deixar
Doravante, devorante
Não consigo ficar à espera
Não consigo controlar sou sincera
És como um donut que eu trinco e saboreio
Que se cola aos dedos e por que isso deixo a meio
Faço um risco no teu carro
E nele sinto agora o passar das horas
Acusada de ser indiferente
De não estar presente, querer ser diferente
Deixei de falar, deixei de mostrar
Aquilo que eu era não é aquilo que eu sou
Tanto suspense, fui bater de frente
Acabou-se a figura de corpo presente
Fiquei sem norte diz ó má sorte
Agora eu sou forte, feri-te de morte
Eu sei que sou mais e que posso ser mais
Não consigo ficar à espera
Não consigo controlar sou sincera
És como um donut que eu trinco e saboreio
Que se cola aos dedos e que por isso deixo a meio
Faço um risco no teu carro
E nele sinto agora o passar das horas