Dominique
Saiba que nunca seremos
Tão felizes quanto fomos
Nestes cinco minutos antes do agora
E nos cinco minutos posteriores a este
De onde vem a proibição
Que nos é imposta?
As regras para apreciar algo?
O instinto há de se revelar
Por que isso é aprovado
E aquilo jamais será?
Existe um limite determinado
Para declararmos nossos amores?
Justifique-me o fato, de sermos
Impedidos de amar deliberadamente
Dominique, nós nunca seremos
Mais felizes do que nós fomos
Nestes últimos cinco minutos
E nos cinco minutos seguintes
Preciso amar de maneira vasta
Esta é minha necessidade vital
Minha improbidade emotiva
Julgue-me com severidade
Me afogue nas tuas convenções
Mantenha-me abaixo do nível
Daquilo que se apresenta como aceitável
Aponte todos os dedos para mim
Teus preceitos, preconceitos
Pretéritos tão pouco perfeitos
Meu futuro não pertence a estas paragens
O karma transgressor
Desobedece os dogmas inquestionáveis
Amo você e não por este fato
Amo-a mais que às outras
Nem às outras de modo particular
Em teu prejuízo
Dominique, nós nunca seremos
Mais felizes do que nós somos
Nestes últimos cinco minutos
E nos cinco minutos seguintes