Fandango a Moda Antiga

Miguel Lozarte Rodrigues dos Santos

No rancho do tio ponciano rasgando a barra do dia
Uma cordiona gemia num tranco à moda antiga
Surungo a luz de candeeiro num chão batido na sala
Tapado de poeira e prosa bota bombacha baguala
Tapado de poeira e prosa bota bombacha baguala


Vamos pra sala moçada pra honrar nossa bandeira
Num fandango à moda antiga não pode faltar vaneira


Enquanto a gaita não para, tranqueando firme num trote
Fungando no meu cangote a prenda pedindo cancha
E a noite é uma criança nos fandangos à moda antiga
Pra quem se criou na lida e nos costumes do rio grande
Pra quem se criou na lida e nos costumes do rio grande


Que lindo é ver um gaitaço
Fechando as portas do rancho e o Sol chegar de carancho
Clareando as frestas na sala
E o último verso embala brindando a felicidade
De um fandango a moda antiga que vai ficar na saudade
E o último verso embala brindando a felicidade
De um fandango a moda antiga que vai ficar na saudade

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