Chao de Estrelas

Orestes Barbosa, Silvio Caldas

Minha vida era um palco iluminado
Eu vivia vestido de doirado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guizos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações

Nosso barracão no morro do Salgueiro
Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou

Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda qual bandeiras agitadas
Pareciam um estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional

A porta do barraco era sem trinco
Mas a lua furando nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
Tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a alegria desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão

Curiosités sur la chanson Chao de Estrelas de Nelson Gonçalves

Quand la chanson “Chao de Estrelas” a-t-elle été lancée par Nelson Gonçalves?
La chanson Chao de Estrelas a été lancée en 1987, sur l’album “50 Anos De Boêmia Vol.1”.
Qui a composé la chanson “Chao de Estrelas” de Nelson Gonçalves?
La chanson “Chao de Estrelas” de Nelson Gonçalves a été composée par Orestes Barbosa, Silvio Caldas.

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