Fosfato

Theo F. Oliveira

Zaratustra me falou lá no monte
Veja o segredo lá no fundo do horizonte
Todo homem precisa passar por essa ponte
E eu sentindo medo, fugia, fugia


Descobri que um camelo bebe tanto
Quanto o sapo preso quer fugir do seu encanto
Eu me embriaguei várias vezes nesse manto
De sabedoria, sabedoria


Minhas cicatrizes ficam roxas no inverno
Minha vida exige que eu caminhe pelo inferno
Me disseram que ao céu não vai quem usa terno
Eterno parece ser o mal de cada dia


Meus amigos já estão todos mortos
Eu tenho lembranças escassas dos seus corpos
Que andavam certo, mas por caminhos tortos
E eu abandonei por covardia


Não vou escrever mais histórias tão cruéis
Derramar meu sangue preenchendo seus papéis
Ela surge quando - eu coloco meus anéis
E surrando meu corpo, procuro não cair


No brilho errado que me faz sentir amado
No veneno que me rouba a força de viver
Meu coração vai se tornando congelado
Ela me diz que tudo irá se dissolver


Senhor do tempo dai-me paz
Pois todas as feridas não me deixam ir
Enquanto o vento sopra minha pele arde mas eu
Sei que dentro, o lobo mal procura me trair


Senhor do tempo dai-me paz
Pois todas as feridas não me deixam ir
Enquanto o vento sopra minha pele arde mas eu
Sei que dentro, o lobo mal procura me trair

Curiosités sur la chanson Fosfato de O Lendário Caos Acústico

Qui a composé la chanson “Fosfato” de O Lendário Caos Acústico?
La chanson “Fosfato” de O Lendário Caos Acústico a été composée par Theo F. Oliveira.

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