Meu Céu Gaúcho Me Basta
Não preciso de bandeira pra dizer de onde venho
A cúia na minha mão é a identidade que tenho
Eu trago a estampa sulina, de chapéu, bota e bombacha
Ando cruzando este pampa, meu céu gaúcho me basta
Eu sou o pago gaudério, oitavado no balcão
Pra refrescar a saudade, os versos de uma canção
O mate, a bóia campeira, cancha reta e chão batido
Nas patas do meu cavalo, trago o Rio Grande estendido
É o próprio sangue farrapo que corre nas minhas veias
O campo é o meu coração, minha invernada campeira
Reponto sonhos ao vento e o pingo me faz fiador
E assim na más, me sustento na sina de cantador
Eu sou o pago gaudério, oitavado no balcão........