Trova do Alegrete
Quando eu vim da minha terra muita guria chorou
Só o diabo de uma véia muita praga me rogou
Esta noite eu dormi fora debaixo do galinheiro
As galinhas me cagaram e o galo foi o primeiro
Esta noite eu dormi fora e me esqueci de tapa as costas
Deu um vento na privada e me tapou todo de barro
Cachorrinho tá latindo no buraco do tatu
Bota fogo pela boca e chocolate pelo zóio
Pobre negrinha ribeira sentadinha num cupim
Comendo bosta de oveia pensando que era amendoim
Atirei uma pedrinha por cima de um pé de salsa
Deu na bunda de uma véia e arrebentou o cordão das calças
Marrequinha da lagoa bate as asas e não afunda
Eu gosto da moça gorda que tenha graxa na bunda
Lá atrás daquele cerro tem um pé de fruta preta
Eu já to com a mão cansada de tanto tocar essa gaita