Vida Buenacha
Como é bonito
Ver na nova alvorada
A linda noite calada
Aos poucos ir se bandeando
E eu mateando
Ao redor de um braseiro
Ouvindo no arvoredo
Os passarinhos cantando
No horizonte
Um clarão que anuncia
Indicando um novo dia
E o sol que vai chegar
Para esquentar
A terra fria do orvalho
E servir de agasalho
A quem dele precisar
Para esquentar
A terra fria do orvalho
E servir de agasalho
A quem dele precisar
Vida buenacha
Que faz bem e dá prazer
É sentir no amanhecer
O sabor da natureza
Tantas belezas
Que muitos não as conhecem
Lá na cidade padecem
Carregados de tristeza
Após o mate
Cafezito de chaleira
Oigalê bóia campeira
Feita pela tia Zéfinha
Acompanhado
De broa e leite bem gordo
Misturado com o apojo
Da bragada e da mancinha
Ao meio-dia
É a hora mais sagrada
Debaixo de uma ramada
Prontito pra churrasquear
E o peão caseiro
Já quase dentro do litro
Avisa que o cabrito
Tá no ponto de cortar
E o peão caseiro
Já quase dentro do litro
Avisa que o cabrito
Tá no ponto de cortar
Vida buenacha
Que faz bem e dá prazer
É sentir no amanhecer
O sabor da natureza
Tantas belezas
Que muitos não as conhecem
Lá na cidade padecem
Carregados de tristeza