Resto de Baile/ Bugio da Fronteira/ Bugio Novo/ Bugio Dos Bailes
À luz de candieiro queimando o pavio
Cheguei como chega, sem dar ô de casa
De primeira vaza dancei um bugio
Dancei toda a noite levando comigo
Um resto de baile no meu assobio
Lembrando da moça da flor no cabelo
Pedindo ao gaiteiro o mesmo bugio
Ronca o bugio de Lagoa
Vacaria e serra abaixo
Mas esse veio da fronteira
Com chapéu de barbicacho
De bombacha e alpargata e gaiteiro de oito baixo
De bombacha e alpargata e gaiteiro de oito baixo
Se te pego bugio eu te toso
Te tosando te tiro o cartaz
E te largo de cola erguida
E a cachorrada de atrás
Dos bugios que cantamos ao povo
Surge um novo contando lorotas
E trazendo na mala de viagem
A bagagem de mil anedotas
Diz que veio de um pago distante
Onde o diabo perdeu suas botas
Dos bugios que cantamos ao povo
Surge um novo contando lorotas
No lugar onde posa bugio
Lobisomem se manda a dar cria
Vagalume apaga o candieiro
E o Sol chega mais tarde no dia
O bugio que vai nos bailes seu moço sempre arruma companheiro
Pra tomar uns trago de canha seu moço pra desenterrá o terneiro
Depois de fazer o serviço seu moço dá umas vorta no salão
Pra mostrar seu terno novo pras moças de riscado e algodão