Homem de Pedra / Telefone Mudo / As Andorinhas (pot-pourri)

Oh meu amigos
Bom demais
Que saudade dos velhos tempos que não voltam mais
Ê modão
Vamo lá

Já fui um grão de areia, todos pisavam em mim
Agora resolvi tomar uma decisão
Não sou mais grão de areia, virei uma pedra bruta
De pedra transformei também o meu coração

De pedra muito dura fiz pra sempre o meu destino
De aço construí minha imaginação
O pranto dos meus olhos para sempre envenenei
Pra matar seu orgulho e a sua traição

Homem de pedra que não tem mais compaixão
Não tem alma não tem nada nem amor nem ilusão
E só assim silenciou meu sofrimento
Sou agora uma estátua sem abrigo no relento

Palmas para o trio do Brasil
Segura
Creone, Parrerito e Xonadão
Na palma da mão
Comigo, assim
Chá chá chá
Bonito

Eu quero que risque o meu nome da sua agenda
Esqueça o meu telefone, não me ligue mais
Porque já estou cansado de ser o remédio
Pra curar o seu tédio
Quando seus amores não lhe satisfaz

Cansei de ser o seu palhaço
Fazer o que sempre quis
Cansei de curar sua fossa
Quando você não se sentia feliz

Por isso é que decidi
O meu telefone cortar
Você vai discar várias vezes
Telefone mudo não pode chamar

Puxa

As andorinhas voltaram
E eu também voltei
Pousar no velho ninho
Que um dia aqui deixei

Nós somos andorinhas
Que vão e quem vem
À procura de amor
Ás vezes volta cansada
Ferida, machucada
Mas volta pra casa
Batendo suas asas
Com grande dor

Igual a andorinha
Eu parti sonhando
Mas foi tudo em vão

Voltei sem felicidade
Porque, na verdade
Uma andorinha
Voando sozinha
Não faz verão

Igual a andorinha
Eu parti sonhando
Mas foi tudo em vão

Voltei sem felicidade
Porque, na verdade
Uma andorinha
Voando sozinha
Não faz verão

As andorinhas voltaram
E eu também voltei

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