Todo segundo domingo de agosto eu choro
Mesmo sem ser obrigado, me chamava de filho. Mesmo sem ter o meu sangue, me ensinou a andar de bicicleta. Até o dia em que decidiu formar sua própria família, eu nunca te entendi e orgulhoso eu não quis entender
Foi embora enquanto eu bravejava "eu nunca tive um pai"
Mas eu nunca chorei tanto quanto no dia do seu enterro, em que vieram me perguntar "não é você que é o filho lá de Campo Grande? Ele sempre falava que sentia saudade..."
Eu sempre tive um pai e eu te amo. E é tão fútil dizer isso agora que você está a sete palmos de mim