Comprimido

Paulo Cesar Baptista De Faria

Deixou a marca dos dentes dela no braço
Pra depois mostrar pro delegado
Se acaso ela for se queixar
Da surra que levou
Por causa de um ciúme incontrolado

Ele andava tristonho
Guardando um segredo
Chegava e saía, comer não comia
E só bebia
Cadê a paz?
Tanto que deu pra pensar
Que poderia haver outro amor
Na vida do nego
Pra desassossego e nada mais

Seu delegado ouviu e dispensou
Ninguém pode julgar coisas de amor
O povo ficou intrigado com o acontecido
Cada um dando a sua opinião
Ela acendeu muita vela
Pediu proteção
O tempo passou e ninguém descobriu
Como foi que ele se transformou

Uma noite, noite de samba
Noite comum de novela
Ele chegou pedindo um copo d'água
Pra tomar um comprimido
Depois cambaleando foi pro quarto
E se deitou
Era tarde demais
Quando ela percebeu
Que ele se envenenou

Seu delegado ouviu e mandou anotar
Sabendo que há coisas que ele não pode julgar
Só ficou intrigado quando ela falou
Que ele tinha mania de ouvir sem parar
Um samba do Chico
Falando das coisas do dia-a-dia

Só ficou intrigado quando ela falou
Que ele tinha mania de ouvir sem parar
Um samba do Chico
Falando das coisas do dia-a-dia

Curiosités sur la chanson Comprimido de Paulinho da Viola

Quand la chanson “Comprimido” a-t-elle été lancée par Paulinho da Viola?
La chanson Comprimido a été lancée en 1973, sur l’album “Nervos de Aço”.
Qui a composé la chanson “Comprimido” de Paulinho da Viola?
La chanson “Comprimido” de Paulinho da Viola a été composée par Paulo Cesar Baptista De Faria.

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