O Funil
Tem dias em que falo demais
Outros até nem tanto assim
Pior quando me calo
Não falo, não falo, não falo
Não falo, não falo, não falo
Se eu caminho, caminho sozinho
Às vezes até sem direção
Pior é quando me calo
Não falo, não falo, não falo
Não falo, não falo, não falo
Se eu corro as palavras vomito
Tanto que até me esvazio
A ponto de nada mais ter
Vazio, vazio, vazio
Vazio, vazio, vazio
Vazio, vazio, vazio
Vazio!
Por acaso você sabe como me sinto
Nesses dias em que calo não falo
Sentado na beira de um precipício
Olhando a ponta dos meus pés
Aí não existem palavras que me façam mexer
Pois os olhos nada mais podem ver
E o coração nada mais pode sentir
Apenas o imenso vazio
Vazio, vazio, vazio
Vazio, vazio, vazio
Vazio, vazio, vazio
Vazio!