Porto (À Moda Do)

A tia berta vendeu a casa da foz
Já não podemos ir lá pelo verão
Lembro-me do dia em que cheguei
E de uma noite de s. João

À tarde o avô ia pescar para a ribeira
E lá se passava um bom bocado
Eu só queria adivinhar o futuro
Mas questionava-o sobre o seu passado

Longe vai a inocência
De ser levado pela mão
Pelos estreitos da baixa
Sem se ter a noção
Que o caminho é torto
É a razão de ser
À moda do porto

A avó branca dava uma mesada
E um conselho para se poupar
Só ao domingo íamos ao restaurante
Era o dia de se viajar

Longe vai a inocência
De ser levado pela mão
Pelos estreitos da baixa
Sem se ter a noção
Que o caminho é torto
É a razão de ser
À moda do porto

Parece que ainda foi ontem
Que me fiz um rapaz
De tudo o que consegui
E do que fui capaz

Longe vai a inocência
De ser levado pela mão
Pelos estreitos da baixa
Sem se ter a noção
Que o caminho é torto
É a razão...
Sem se ter a noção
Que o caminho é torto
É a razão de ser
À moda do porto

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