AIDS
Gilson Celestino
A noite um olhar perdido procura no meio da multidão.
Um acontecimento, algo de novo para preencher
o vazio do seu coração.
Talvez um boêmio um amigo para pelo menos conversar.
Mas o tempo passa e paira uma pergunta no ar.
Será que a vida noturna se acabou?
Será que as pessoas não procuram, ou não fazem mais amor?
Não, a vida continua nada mudou.
Mas para ele, o pesadelo não acabou.
Agora ele é um prisioneiro do seu mundo obscuro,
cercado de preconceitos.
Por falta de prevenção, porque quem vê cara não vê coração.
Por culpa dessa doença maligna que chegou e se alastrou.
Por culpa da AIDS, pois da AIDS ele é portador.
Previna-se, previna-se por favor.