Colibri

Realidade Cruel

Não é possível , mesmo que incrível
Ainda assisto o espetáculo horrível onde os tiros
Não são de borracha nem festin
O corpo com a cabeça descepada traz pra mim
Um sentimento amargo, vocabulário do crime
Soldado do tráfico armado se define
Com fuzil de longo alcance, binóculo e granada
A guerra jorra sangue e de santa não tem nada

Aí bandido muita calma, presta atenção maloquero
O barato é carro loko, droga, mulher, dinheiro
Não importa quanto vale, quanto o diabo cobra
O importante é fumar maconha com nota de dólar
Esbanjar nas avenida, dá tiro nos polícia
Mostrar que não foi em vão o batismo na quadrilha
E ser o pá da quebrada, disciplina geral
Ter arma que nem a AL QAEDA com a terceira mundial

Pelo amor, me livra desse sonho que eu não quero
Meus filhos se formando na faculdade do inferno
Eu que já fiz de tudo um pouco nessa vida
157, carro, luxo, no repique as gargantilha
O que q eu tenho? se não me sobra o rap o que q eu sou?
Um alcoólatra no bar, ou psicopata matador
Ou então quem sabe até mesmo um missionário
Em missão de paz no sistema carcerário.
Pega as peça e vamos montar o quebra-cabeça
De um lado paralelo, do outro lado a revista Veja explica
Que os judiciários se corrompe por dinheiro
Do juiz, ao diretor, ao carcereiro

Num importa, não tive infância, não tive nada
Só sofrimento como herança. em longa escala
De favela em favela percorri toda a São Paulo
Nos braços da minha mãe e o olhar lá no alto, observava
Como os prédio é grande, como é lindo.
Pra quem sonhava com a roda-gigante, os parquinhos
E os palhacinhos, quantos palhacinhos
Hoje eu entendo que do deic são inimigos
Mas, fazer o que se a vida quis assim, eu me tornei
Quem sabe em Nova York eu era rei

E não tinha pra Jay-z, Master P , Puffy Daddy
Embora, por aqui eu sei que vários ainda querem , piscina aquecida
No pescoço as platina, alfa conversível, martini, rum , tequila
Vamo hã, vejamos e convenhamos, onde cê vive?
No fantástico mundo de Bob ou de Alice?
Nas vitrines, vestidos magníficos, jóias enfim
Jantares nos restaurantes finos dos jardins
Sei bem, o que q elas querem de você
Meu bem,chamar assim pra te convencer
Aperta stop

" olha vagabundo, eis que o tempo é dádiva dívina
Nesse momento, o que faz de mim um milionário é a liberdade
Ouvir o canto dos pássaros, banhar-me nas cachoeiras
E sonhar com um futuro à beira-mar
Os meus milhões
Não estão nos cofres em Frankfurt ou nas ilhas Cayman
Mais sim no sorriso de um criança, e no despertar da vida
Em toda manhã ..."

Volta à trilha
E torno-me porém felizmente,
Muito mais contundente, divergentemente a favor
Dos mais desfavorecidos manos.
O tauros refrigerado que explode crânio
Não traz fortuna, ao contrário só amargura
De maneira ecumênica, pra tantos que na rua
Ostentaram, sonharam, e olha aonde se encontram
Sem Eiffel de Paris, sem Big Ben de London
Ou melhor, eu sei que boa parte dos ladrão

Não almeja ter iate, nem se quer ter mansão
Apenas ter um carro bom, uma casa confortável
Pra mãe e pra família uma condição favorável
Mesmo assim, o sistema é implacável, robótico
Fabrica diariamente mentes, em estados mórbidos
Queria sim, um mundo diferente pra você e pra mim
Onde a gente, pudesse ao menos enfim
Ser feliz nesse pedaço de chão
Deixa o colibri espantar a solidão

Curiosités sur la chanson Colibri de Realidade Cruel

Quand la chanson “Colibri” a-t-elle été lancée par Realidade Cruel?
La chanson Colibri a été lancée en 2007, sur l’album “Dos Barracos de Madeirite, Aos Palácios de Platina”.

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