Tonta Saudade
Eugenio Leandro
Percorri toda a estante
Atrás de entreter a mente
Pra conter essa saudade de você
Que voltou pra sua casa
Ali perto de Sergipe
Depois de passar as festas por aqui
Tanto rio, tanta Lua
Tanta tonteira de amor
Tanto gole de cerveja e de calor
Mas agora nada dizem
Tantos livros na estante
E acabo folheando o coração
Que revê seus seios fartos
Que alumiaram meu quarto
Com o viço quente
E cálido da paixão
Desses livros tão quietos
Um apenas semi aberto
Com a marca forte e viva
Do batom
E o fulgor da sua boca
Numa página branca e tosca
Me adormece transcrevendo
O seu Drummond