Matadouro das Almas

Rogério Skylab

Quanta saudade dos antigos matadouros,
Da vaca prenha abatida sem perdão,
Dos bezerrinhos que gritavam em agonia,
Do sangue quente espalhado pelo chão.
Quanta saudade das mosquinhas varejeiras,
Dos velhos tempos de mulheres e homens sãos,
Dos viadinhos pendurados no curtume,
Do jeito simples de viver uma paixão.
Vem cá, meu bem.
Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol.
Aí então, vou te mostrar o amor pungente
Dos animais.
Ah! Ah! Ah!
Quanta saudade dos antigos açougueiros,
Da alegria em cortar, esquartejar,
Da carne seca pelo sol do meio-dia,
Desse sertão que até parece ser tantã.
Quanta saudade do vermelho mais vermelho,
Do cheiro podre de carniça pelo ar,
Do vento forte que abre todas as porteiras,
Da estrebaria, do chiqueiro, dos currais. Vem cá, meu bem.
Me dê a mão, vamos sair pra ver o sol.
Aí então, vou te mostra o amor pungente
Dos animais.
Ah! Ah! Ah!

Curiosités sur la chanson Matadouro das Almas de Rogério Skylab

Sur quels albums la chanson “Matadouro das Almas” a-t-elle été lancée par Rogério Skylab?
Rogério Skylab a lancé la chanson sur les albums “Skylab” en 1999, “Skylab II” en 2001, et “Skylab IX” en 2009.

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