Cobra Venenosa (part. Daniel e José Camillo)
Ocê talvez não conhece o veneno que as cobras tem
Pois elas quando dá o bote balança o guizo também
A cascavel traiçoeira quando ela quer se vingar
Balança o guizo contente na hora dela pegar
A urutu é perigosa de ruim não se manifesta
É cobra tão venenosa que traz uma cruz na testa
Jaracuçu Deus nos livre quando ele chega a picar
Deixa o sinal de seus dentes e a cicatriz no lugar
Mas eu lhe digo a verdade por cobra eu já fui picado
Por cascavel caninana e urutu este malvado
De todas já me livrei desse veneno amargura
Existe um contra veneno por isso tudo se cura
Mas tem uma cobra do mato cabocla lá do sertão
Que traz veneno nos olhos e ataca no coração
Dessa uma vez fui picado um dia só por maldade
Que ainda trago o veneno na cicatriz da saudade
Já vai fazer quase um ano
Que eu deixei o meu sertão
Por um veneno do olhos
Que atingiu o meu coração
Uma cabocla do mato
Que tanto mal tem me feito
Uma olhada me deu
Foi um veneno perfeito
Esta cobra venenosa
Cobra em forma de gente
Talvez a mais perigosa
Pode matar de repente
Procurei tantos remédios
Andei por toda cidade
Mas qual o que não existe
Nada que cure a saudade
Agora vou repetir
A história mais dolorosa
Essa cabocla do mato
É a cobra mais venenosa