Décima Dos Rumbiadores (part. Xirú Antunes)
Galpo me paz nos caminhos
De quem rumbiou a la suerte
Coplando de sul a norte
Palmeando um porongo amigo
Volta e meia uma tropeada
Destas de tropa estendida
Ou então a recorrida
Quando se alçam parceiros
Destes velhos companheiros
Que acenavam despedida
Quando se encontram é um regalo
Verá umas velhas amigas
Comungando as mesmas lidas
Rumbiando os antigos fatos
Rememorando os relatos
Da indiada da casta antiga
Que reclamavam divisa
Sem abaixar o topete
Aos gritos de mala muerte
A estranhos nas sesmarias
Quanto mais o tempo passa
Mais se tem cara de geada
Ou de sombra copada
Quando o janeiro é um brasedo
Que os resguardos são conselhos
Adquiridos no mundo
Tanto mais pros oriundos
Do cerimonial campeiro
Rumbiadores dos arreios
Irmãos de ventos e rumos
Estes dos maneadores, sóvel e buçal torcido
Do couro de algum brasino refugador de rodeio
Quando bancava no freio no Rio Grande tapejara
Tinham a alma enfeitiçada do sereno empastiçado
E a tempera de algum mandado, temperando o sul da alma