A Veia do Poeta

Rui Veloso

Cansado do movimento
Que percorre a linha recta
Fui ficando mais atento
Ao voo da borboleta
Fui subindo em espiral
Declarando-me estafeta
Entre o corpo do real
E a veia do poeta

Mas ela não se detecta
À vista desarmada
E o sangue que lá corre
Em torrente delicada
É a lágrima perpétua
Sai da ponta da caneta
Vai ao fim da via láctea
E cai no fundo da gaveta

Ai de quem nunca guardou
Um pouco da sua alma
Numa folha secreta
Ai de quem nunca guardou
Um pouco da sua alma
No fundo duma gaveta
Ai de quem nunca injectou
Um pouco da sua mágoa
Na veia do poeta

Curiosités sur la chanson A Veia do Poeta de Rui Veloso

Quand la chanson “A Veia do Poeta” a-t-elle été lancée par Rui Veloso?
La chanson A Veia do Poeta a été lancée en 2005, sur l’album “A Espuma Das Canções”.

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