Estado Maior da Restinga - Samba-Enredo 1981
Jorge A. Ferreira
De repente, não mais que de repente
Eu fui sentir o soneto da hora final
Partiu o pai maior da poesia
Mestre em diplomacia
O Orfeu do carnaval
No soneto da fidelidade
Encenou toda a verdade
Que fundamentou o seu ser
Aulas infinitas de inconstância
Amor, misticismo e distancia
De receita de mulher
Como ele não tinha confronto ao tema
Veja a garota de Ipanema
Musicada pelo velho tom
E como anjo o poeta nunca morre
Vou também tomar um porre
Perguntar e agora vou
Vem pra sempre do infinito
Enquanto dure
Verso que sempre perdure
Pois prova que é liberdade
Vem com a restinga se unir a cantar
O poeta do declamar
E da linda canção felicidade
Tristeza não tem fim
É o que o poeta maior vem ensinar
Felicidade sim
O meu povão na avenida
Alegre vai cantar