Invisiveis
Claudemir Gomes
Mãos estendidas, vazias, a espera da prata e o pão
Nos olhos profundo abandono, regados de solidão
E quando cai a noite os pés descalços
Buscam abrigo e proteção
E quando cai a chuva em noites frias se acredita em um lar
E os passos firmes da multidão
Passam apressados e não enxergam os invisíveis
Mas o que é ser cristão
É estender a mão
É olhar com os olhos do pai e ver os invisíves