Maria Rosa do Sertão
O arraiá todo chorou
De tristeza e comoção
No dia que se casou
Maria Rosa do Sertão
Era coisa combinada
Desde o tempo de criança
De ela se casá
Com o Zico da fazenda Barra Mansa
E entre os muito pretendente
Que pedira a sua mão
Tava o Chico Cascavé
Home ruim de coração
Vendo seus plano faiado
Sem um pingo de esperança
Cascavé, home marvado
Pensou logo na vingança
Na igrejinha do arraiá
Na hora do casamento
Quando o padre perguntou
Tem algum impedimento
Só dois tiro arrespondeu
No meio de dois clarão
Cascavé baleou os noivo
E sumiu na confusão
E o padre ajoelhando
Chorava que nem criança
Pegando na mão dos morto
Colocou as aliança
Quando ele se alevantou
Tava tudo terminado
O Zico e a Maria Rosa
Ante Deus estavam casados
Ele vestido de preto
Ela de grinalda e véu
Se casaram aqui na terra
Pra ir morar lá no céu
Tantos ano se gostaram
Para ter tão triste sorte
Viver sorteiro na vida
Pra sê casado na morte
E agora no cemitério
Tem duas campa empareada
Em riba de cada uma
Há uma roseira plantada
As roseiras se ajuntaram
Com seus ramo entrelaçado
Parecia a alma dos dois
Num longo abraço apertado