De Repente, Tudo É Possível de Novo
Bom, mas nunca o suficiente
Estou conseguindo quase pela metade
Dessa vez, não foi possível
Você resiste a mais um quase?
Caiu pelo caminho a sua vontade
Minha vida é uma vidraça
Cada notícia me despedaça
Encontrando um vazio na comoção
Sem reação, desde que seja pedra e fogo
Se não for, tudo bem
Estou me despedaçando, você também?
O que te rasga o peito?
Você pode esquecer?
Ou prefere compreender
Sem se render
O absurdo
É o que me prepara
Pra pensar em viver
O que não tem face
Nem fronteira, nem saída
Medos e temores se criam assim
Não é natural, nem normal
Acordar cansado, dormir exausto
Repetir até a hora do calvário
E crer que a extinção é o final
O que te rasga o peito?
Você pode esquecer?
Ou prefere compreender
Sem se render
O absurdo
É o que me prepara
Pra pensar em viver
Você tem medo de dizer seu nome?
O que te rasga o peito?
Você pode esquecer?
Ou prefere compreender
Sem se render
O absurdo
É o que me prepara
Pra pensar em viver