Dona Júlia
Bendigo teu nome agora, mulher
E o fruto do teu amor
Teu ventre tem toda a luz do luar
Dá fruto de toda cor
É tua luz que ilumina
A claridade da melodia
Do som de todos os sons
A boca do mundo tem tua voz
Um canto de bem e paz
E livre será teu canto entre nós
Dos homens de bem e paz
E tua voz para sempre
No coração de todos os homens
E amor de toda mulher
Sei do amor que trazes contigo
Do temor, do mal, da casa vazia
E da solidão que hoje vives
Com teu pudor de senhora
Sei da mulher, sei da muralha
Força e fé dessa vontade farta
Que toda mãe sempre guarda
E usa como ninguém
Se tu fostes bem capaz de gerar
Um ser semelhante a ti
Bem sabes que não há nada a fazer
Senão sonhar e sorrir
E ter o gosto pleno
De quem já criou muitas vidas
Bendita sempre serás