A Lagarta
Tatiana Rocha
Existia uma lagarta triste que se achava feia de doer
Coitadinha da lagarta vivia sozinha comendo folhinha
Tão esquisitinha se achando feia feia de doer
E assim ela vivia, sempre essa vidinha chata de doer
Mas um dia foi sentindo uma vontade louca de ficar quieta
De ficar parada de ficar calada de não se mexer
E assim foi e foi ficando muito tempo a se enrolar
E foi tecendo um casulo bem quentinho pra morar e se esquecer
Que era sozinha tão tristinha tão esquisitinha
Se achando feia, feia de doer
Mas o tempo foi passando e tudo mudou
Dentro do casulo misteriosamente ela se transformou
Ganhou asas coloridas, asas bem compridas
Ela era formosa, dama poderosa, virou borboleta
Linda de morrer