Morada Antiga
Quando eu vejo esta morada antiga
Onde, às vezes, por acaso eu me entretinha
Escutando uma cordeona, mirando um rabo-de-saia
Quando eu me dava por conta amanhecia
Meu bagual de queixo atado, pateando o sono
Como a convidar o dono pra continuar
(Essas lembranças antigas são minhas velhas amigas
Quando eu pego esta guitarra pra cantar
Este ranchito simplório é um oratório
Embora quase desfeito resiste ao fim
Janela já sem soleira, mas representa a fronteira
Que eu trago fincada dentro de mim
Há recém eu começava saber da vida
Sempre de marcha batida, sem titubear
Mas um dia a companheira, prenda de estrela boeira
Fez eu sofrenar meu pingo pra ficar