Doeu
Ai, doeu, doeu, doeu
E quem mais chorou fui eu, fui eu, fui seu
Fui pelos olhos da morena viajando
Navegando flutuando
Sem pé, certeza ou chão
A inseguraça no sorriso duvidoso
Dava um tom picante ao gozo
Desse mergulho tão bom
E fui me achando, e nesses olhos
Me perdendo, no sorriso
E vivendo desse utópico sonhar
E esse sonho feito fio de novelo
Se tornando pesadelo
Que não quero acordar
Ai, doeu, doeu, doeu
E quem mais chorou fui eu, fui eu, fui seu
No gosto doce desse mel que amarga a boca
Pouco a pouco meio louca
Seduzida abdução
Me vejo solto no deserto ou paraizo
Entre achados e perdidos
Já não tenho salvação
Agora é tarde meu caminho não tem volta
Misto de amor e revolta
Culpa e descaso, viver
Me largo ébrio desse amargo destino
De inconciente delírio
Que a razão nem quero saber