Que Nem Vem Vem
Quebrei no dente
Um taco da literatura
Tô na história, tô e sei
Que sou motivo pra falar
Entrei de cara, cara
E tô saindo fora
Ta no tempo já é hora
De poder me desfrutar
Semente negra
Eu sou raiz poderosa
Aguada em verso e prosa
Na cacimba de belá
Meu canto tem
O chaco-chaco de uma cuia
E tem, tem as manhas
Que mestre louro plantou
Pra colher um canto
Assim que nem vem-vem
E soar como um acorde de sanfona
Festejar que nem "passarim" no xerém
Namorar com a batida da zabumba
Tum-tum-tum bate-bate meu coração
Por um forró
Que nem os de passagem funda
Tum-tum-tum bate-bate meu coração
Da-lhe zabumba
E jacsom no pandeiro é ás
Tum-tum-tum bate-bate meu coração
Se essa morena não me quer
Não quero mais