Baião da Garoa / Pau-de-Arara / Algodão
Na terra seca
Quando a safra não é boa
Sabiá não entoa
Não dá milho e feijão
Na Paraíba, Ceará, nas Alagoas
Retirantes que passam
Vão cantando seu rojão
Meu São Pedro me ajude
Mande chuva, chuva boa
Chuvisqueiro, chuvisquinho
Nem que seja uma garoa
Uma vez choveu na terra seca
Sabiá então cantou
Houve lá tanta fartura
Que o retirante voltou
Oi! Graças a Deus
Choveu, garoou
Quando eu vim do sertão, seu moço, do meu Bodocó
A malota era um saco e o cadeado era um nó
Só trazia a coragem e a cara viajando num pau de arara
Eu penei, mas aqui cheguei
Eu penei, mas aqui cheguei
Trouxe um triângulo (no matolão)
Trouxe um gonguê (no matolão)
Trouxe um zabumba (dentro do matolão)
Xote, maracatu e baião
Tudo isso eu 'truxe no meu matolão
É preciso ter muque né
Pra catar algodão
Bate a enxada no chão, limpa o pé do algodão
Pois pra vencer a batalha
É preciso ser forte, robusto, valente, ou nascer no sertão
Tem que suar muito pra ganhar o pão
Que a coisa lá né brinquedo não
Mas quando chega o tempo rico da colheita
Trabalhador vendo a fortuna, que beleza
Chama a família e sai, pelo roçado vai
Cantando alegre ai, ai, ai, ai, ai
Sertanejo do norte
Vamos plantar algodão
Ouro branco que faz nosso povo feliz
Que tanto enriquece o paíz
Um produto do nosso sertão
Quando chega o tempo rico da colheita
Trabalhador vendo a fortuna, que beleza
Chama a família e sai, pelo roçado vai
Cantando alegre ai, ai, ai, ai, ai
Sertanejo do norte
Vamos plantar algodão
Ouro branco que faz nosso povo feliz
Que tanto enriquece o paíz
Produto do nosso sertão