A Usina Tanques S/a

Antonio Pereira

Eram uma vez os canaviais
Muita gente neles a trabalhar
Era uma vez uma grande indústria
Usina Tanques S/A.
Hoje só resta a lembrança
Dos caminhões que não vão mais passar
Carregados de açúcar e de cana
E do apito da usina a ressoar.


Fogo morto caracterizado
No desastre que aconteceu
Foi-se o Parque Industrializado
E povo foi quem perdeu.
Mas ainda pode ser fotografado
O bueiro que ali sobreviveu
Hoje, mudo, não tem mais apitado
Ao redor tudo entristeceu.


Ai, ai, ai disse a moça o menino e o rapaz
A velha Usina muita falta ela faz
Ai, ai, ai disse o homem a mulher e o rapaz
A velha Usina sempre nos ajudava demais.


Só restou na parede do ocaso
Um letreiro já esmaecido
Usina Tanques S/A no caso
Sem mais cana sem bagaço muído.
Alguns bens foram penhorados
Com a justiça tendo deferido
E venderam a caldeira DEDINE
Outra Usina tinha adquirido.


Assentou os ditos excluídos
O INCRA tendo as terras encampado
Lá na vila há ex-empregados
Que num tostão sequer foi compensado
Nossa grande feira-livre ficou fraca
As finanças andam debilitadas
Vamos aqui curtindo a lembrança
Da Usina que hoje é tão lembrada.

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