STIGMATA

Nando Krucinscki

Não botaram mãos francesas na cruz
Nem calçaram os teus pés
Silenciaram-se no silencio da noite azul
Do céu ao inferno, do inferno aos mil réis
E essa daga que rasga o peito
Que ofusca a visão de olhos fiéis
Levanta!
Incapacitados por trocas, trocas de sementes,
Do céu ao inferno, do inferno aos mil réis
Do céu ao inferno, do inferno aos mil réis

Ohhh, quem diria,
Que aqueles velhos pés descalços um dia,
Iriam contornar a dor
Em silencio, e daí dizer
Que não há remédio
Que amenize, tamanha dor
Ou mentira da mente, da gente

E essa stigmata e a hóstia não sacra
Velhos livros cremados e trocados papéis
A verdade mantida em pleno segredo
E a voz que vem do peito
É a pergunta que não cala
A voz que vem do peito,
É a mais profunda alma rara

Ohhh, quem diria,
Que aqueles velhos pés descalços um dia,
Iriam contornar a dor
Em silencio, e daí dizer
Que não há remédio
Que amenize, tamanha dor
Ou mentira da gente, implantada na mente

Ohhh, quem diria,
Que aqueles velhos pés descalços um dia,
Iriam contornar a dor.. em silêncio!

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