Se Tiver Que Ser Na Bala, Vai
I
Sem resposta cruzei o céu
Dei a volta em tanto sem poder dizer
A origem do meu próprio ser
Me chamava pra onde eu devia ir
O amor não foi suficiente
Eu vou embora
Não sei pra onde
Mas ainda há um mundo por dizer
Acho que tá claro
E acho da hora
Não te opõe ao curso do rio
Nem persegue o vento
O amor que tanto curou
Hoje é apertar areia
É ouvir conselho do vento
Não diz mais do que as palavras querem dizer
II
Hoje eu quero ver o sol
Hoje eu vou achar tua casa
Nem que eu bata em todas essas portas
Até encontrar
Já sei seu nome
Não te opõe ao curso do rio
Prestidigitar a frustração
Tem dias que a vida é um ato de coragem
III
Tirei a flecha do teu colo
Cuidei do ferimento ao coração
Ouviu-se um grito na minha rua
Me chamava
Não te opõe ao curso de mim
Eu vou te amar como um raio
Que se opôs ao curso do céu
Sobre esse teu homem
Sobre esse teu homem
Se tiver que ser na bala, vai
Se tiver que ser sangrando, vai
Se você quiser, eu vou
Se tiver que ser na bala, vai
Se tiver que ser sangrando, vai
Se você quiser, eu vou
Ele já não está mais aqui
E ela já não está mais aqui
Hoje é só você e eu
Hoje é só você e eu
Hoje é o céu, você e eu