Reflexões Voláteis
Diego Marx
Não quero viver pra sempre
Nem me ver passar nas horas
Mas sempre haverá mais um cigarro
Peço, respeite o silêncio
Reze pela vã memória
Descanse em paz, minha sanidade
Haverá no fim
Um deserto a cada grão
Da areia que derramei em vão
Da minha ampulheta
Nas minhas mentiras internas
Na pose família moderna
Pra sempre haverá mais um cigarro
Pro seu personagem desse freak show
O tal coadjuvante
Eu errado ou errante
Que desabe em mim
O concreto ao invés
De ficar aqui as certezas
Que eu não sei ao certo
Peço, respeite o silêncio
Reze pela vã memória
Descanse em paz, descanse em paz
Que desabe em mim
Um deserto a cada grão
A ficar aqui o que derramei em vão
Já não sei ao certo
Haverá no fim
O concreto ao invés
Da areia e das certezas