Alza Manolita (I)
Um valoroso toureiro de uma muchacha
Se enamorou
E pelo gentil cavaleiro
A sevilhiana se apaixonou
Entre os dois um romance nasceu
Cheio de ardor e de são
Ele disse num beijo, sou teu
Mas quero em troca o seu coração
E ela a sorrir lhe dizia, por fim
Meu doce Camilo, pertenço de ti
Ó minha amada Manolita
Só por ti quero viver
És a mulher mais bonita
Que Deus criou pra ver
Serei só teu eternamente
E a prova disto terás
Contou-lhes uma cartomante
Que as cartas não mentem jamais
Sem que Camilo soubesse
A boina de Jás, foi procurar
Pedindo quem lhe dissesse
Que era verdade que iria casar
E as cartas são postas a ler
Diz-lhe a cigana alegre a sorrir
Diz: Camilo, te ama a valer
As minhas cartas não podem mentir
Estou vendo o valete aqui alternando
Que mesmo à distância em ti está pensando
Também estou vendo Manolita
Outra carta revelar
De a ti menina bonita
O noivo, querem roubar
E agora escuta Manolita
Outras surpresas terás
Ouve se a ter acreditas
Porque as cartas não mentem jamais